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Quem certifica a dislexia? Procure sempre um profissional qualificado

May 09, 2022

No Brasil, a dislexia foi por muito tempo categorizada como deficiência, sendo tratada com descaso pelas autoridades e instituições de ensino. Mas, nos últimos dez anos novas propostas foram apresentadas trazendo com elas novas perspectivas.

A dislexia é o transtorno de maior incidência nas salas de aula e atinge entre 5% a 17% da população mundial, sem distinção de gênero, cultura ou classe social. No Brasil, cerca de 15 milhões de crianças e jovens têm dislexia.

No entanto, estima-se que apenas cerca de 8 milhões de brasileiros têm dislexia diagnosticada, representando, assim, 4% da população. Mas o que nos chama atenção para o outro lado dessa porcentagem é o número de pessoas que passam a vida toda com dificuldades ligadas à dislexia e não recebem o diagnóstico.

As dificuldades, geralmente, são identificadas na escola quando o aluno apresenta dificuldades de leitura, concentração e dificuldade em copiar as atividades do livro ou do quadro. Nesse estágio, começam a surgir “brincadeiras” dos colegas e a repreensão dos professores. E, com isso, baixando a cada dia mais a autoestima da criança.

Se você percebeu que seu filho tem uma enorme “dificuldade” para ler e escrever e, por isso, suspeita que ele é disléxico, você deve procurar um especialista que possa confirmar ou não essa suspeita.

É possível afirmar que a dislexia, que até pouco tempo atrás era encarada como uma deficiência, agora é finalmente definida como um transtorno de aprendizagem. Esse é o primeiro passo em direção ao reconhecimento da dislexia perante a legislação brasileira e às mudanças que esse reconhecimento eventualmente trará.

 

Quais são os profissionais a quem você pode recorrer?

 

A figura profissional que costuma fazer a avaliação é o neuropsiquiatra, que pode ser consultado tanto em particular quanto no Serviço Público de Saúde.

Porém é importante recorrer a profissionais qualificados (que tenham obtido habilitação) para fazer esse tipo de certificação, normalmente a equipe é formada por profissionais habilitados especializados em Distúrbio de Aprendizagem. 

A equipe pode ser formada por psicólogo, neuropsicólogo, fonoaudiólogo, pediatra, neuropediatra, neurologista e/ou psiquiatra, e psicopedagogo. Os benefícios de uma equipe multidisciplinar é garantir uma avaliação integral, em que cada profissional contribui com entendimentos e olhares específicos de sua área de conhecimento. 

Para que a avaliação multidisciplinar funcione, é fundamental que a equipe se reúna e compartilhe os resultados das avaliações especializadas, chegando a uma conclusão representativa de todas as áreas investigadas.

O diagnóstico é realizado através de testes padronizados. Aqui estão as 3 fases do processo de diagnóstico: 

  1. Anamnese

É a história pessoal da criança, que o especialista reconstrói para ter uma visão geral das situações que seu filho enfrenta todos os dias na escola e em casa.

  1. Avaliação

Nesta fase, o seu filho terá de fazer alguns testes. Agora, mais do que nunca, seu papel como pai ou mãe é muito importante, para eliminar a ansiedade e o medo de fazer os testes. 

Explique à criança o motivo da visita, apresentando-a como uma solução que você encontrou especificamente para ajudá-la. Em seguida, explique a ela em detalhes o que vai acontecer durante a consulta.

Por exemplo:

  1. Ele vai te perguntar algumas coisas sobre a escola; 
  2. Sobre os seus coleguinhas, se você gosta da sua escola, se tem alguém que estuda com você em casa, se você gosta ou não dos seus professores, se a mamãe e o papai te ajudam com os deveres de casa, qual é a sua matéria preferida, qual matéria você tem mais dificuldade; 
  3. Vai pedir para você ler, escrever, fazer alguns cálculos e te mostrará também algumas imagens, etc.

Especificando bem para o seu filho que não é um exame, que o especialista precisa apenas analisar as dificuldades e os erros que a criança faz enquanto lê ou escreve, e que não há nota ou julgamento por parte do profissional.

Porque é importante que a criança esteja tranquila?

Porque os resultados dos testes realizados podem ser distorcidos pelo estado emocional e é fundamental que isso não aconteça.

O médico, nesta fase, avaliará:

  • O nível cognitivo geral;
  • As habilidades escolares instrumentais (leitura, escrita, cálculo);
  • A linguagem;
  • A atenção e a memória.
  1. Entrevista final e relatório escrito.

Ao final da avaliação você encontrará o profissional ou a equipe que te comunicará o diagnóstico e emitirá um relatório escrito com todos os resultados dos exames e sua própria análise, incluindo o diagnóstico.

Esse processo deve incluir a produção de um relatório com informações relevantes e orientações para o dislexico e sua família. Quando se trata de criança ou adolescente, é importante que a escola também receba um relatório abordando estratégias de ensino adaptadas às formas como o aluno aprende e vê o mundo e outras recomendações para atender às necessidades do aluno dentro e fora da sala de aula. 

 

Como posso contar ao meu filho?

 

Muitos pais subestimam a força dos filhos, para quem o diagnóstico de dislexia representa, em 90% dos casos, um verdadeiro alívio.

Isso porque eles podem finalmente dar um nome às suas dificuldades, porque as experimentam diariamente e se sentem culpados.

Como ainda é um sentimento de acordo com a situação e a sensibilidade, explique ao seu filho, da forma mais simples possível, o que o psicólogo lhe disse, respondendo às suas perguntas com clareza e procurando destacar os aspectos positivos.

Se a dislexia de seu filho for eventualmente confirmada, descubra o que é realmente a dislexia antes de ficar com ideias que não correspondem à realidade.

Muitas vezes, os pais enfrentam essa situação com grande temor pelo futuro de seus filhos: porém, garanto a vocês que esta é uma forma absolutamente errada de viver a dislexia...

...Digo isso porque sou disléxica! Fui a primeira a sentir os efeitos negativos do preconceito sobre a dislexia em mim mesma. Os professores me tratavam como pouco inteligente, preguiçosa, os meus colegas zombavam de mim e em muitas situações.

Mas hoje, vejo a dislexia como um verdadeiro Dom, que me permitiu, assim como a todos os outros disléxicos que usam o método DysWay,  resolver todas as dificuldades ligadas à dislexia.

Se você quiser saber mais sobre a minha história e o método DysWay clique aqui

 

Os benefícios da certificação

 

Como já mencionado, o ideal é que esse diagnóstico venha acompanhado de recomendações para a família e para a escola que a criança ou adoslecente está matriculado, o que levará a benefícios, como: 

A escola deve disponibilizar um(a) monitor(a) em tempo integral para acompanhar o seu filho em suas atividades;

Deve adaptar o material e exercícios escolares; 

Dá a oportunidade aos pais para buscarem atividades alternativas para desenvolvimento intelectual dos filhos; 

Caso haja necessidade de intervenção terapêutica, deverá ser realizada em serviço de saúde, com metas de acompanhamento por equipe multidisciplinar.

Assim, está previsto um programa de acompanhamento integral aos alunos com dislexia, o que contempla desde a identificação do transtorno, diagnóstico, apoio educacional e terapêutico nas escolas.

É possível afirmar que a dislexia, que até pouco tempo atrás era encarada como uma deficiência, agora é finalmente definida como um transtorno de aprendizagem. Esse é o primeiro passo em direção ao reconhecimento da dislexia perante a legislação brasileira e às mudanças que esse reconhecimento eventualmente trará.

Enfim, com o resultado em mãos você, pai ou mãe, já tem um “passaporte” para onde devem seguir, assim sabendo de que forma devem agir a partir desse momento e buscar soluções criativas para as áreas em que seus filhos tiverem dificuldade. Também é papel de vocês nesse momento incentivá-lo, mostrando que ele não “ficou para trás” ou que não é menos inteligente, mas que juntos trabalharão para que ele consiga se desenvolver. 

 

O que você deve fazer por seu filho agora?

 

Você deve evitar qualquer coisa que compense as dificuldades e, em vez disso, avançar para a verdadeira solução.

Quando se trata de dislexia, a compensação não é a solução. Você precisa de um método adequado e que atenda às necessidades do disléxico na raiz.

Os disléxicos podem superar suas dificuldades em poucos meses, seguindo um método de aprendizagem dedicado a eles.

Por que estou tão segura do que estou dizendo? Porque sou disléxica e experimentei em primeira mão o que significa viver uma vida com dislexia.

Conheci muitos disléxicos que acreditavam não saber ler corretamente e não podiam estudar por conta própria. Eles carregaram o fardo da dislexia em suas vidas com sérias consequências.

Durante esta longa jornada descobri que a dislexia não é uma doença, não é uma deficiência... e nem mesmo um problema.

Uma vez plenamente consciente de seu potencial e de como aproveitar todas as suas habilidades, especialmente aquelas que o tornam único, você tem o poder de eliminar as dificuldades de leitura e compreensão que a dislexia traz.

É possível ter um futuro pleno: nós disléxicos podemos ter as mesmas oportunidades que outros e talvez mais.

 Então, por que não tentar resolver essas dificuldades de uma vez por todas?

O Método DysWay é o método de leitura e compreensão para disléxicos criado por uma disléxica.

Com a DysWay, seu filho aprende a ler e estudar independentemente, para se concentrar mesmo em situações estressantes. Ele aprende a usar sua memória corretamente, a lembrar o que leu, organizando conceitos com facilidade.

Se você realmente quer ajudar seu filho a resolver as dificuldades de leitura, compreensão e estudo relacionadas à dislexia...

 ...a DysWay está à disposição… clique aqui e agende a sua primeira consultoria conosco, é gratuita.

Um grande abraço,

Cecília Cruz